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Avanço histórico: Terapia gênica AMT-130 mostra potencial contra a Doença de Huntington

A Doença de Huntington (DH) é uma condição neurodegenerativa rara e hereditária que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Ela é causada por uma mutação no gene HTT, responsável pela produção da proteína huntingtina. Quando alterada, essa proteína se acumula de forma tóxica no cérebro, levando à degeneração progressiva de neurônios, principalmente no estriado, uma região crucial para o controle motor.

O que é a Doença de Huntington?


A DH é transmitida de forma autossômica dominante: basta herdar a mutação de um dos pais para desenvolver a doença. Os sintomas geralmente começam entre os 30 e 50 anos e incluem:

  • Movimentos involuntários (coreia) e dificuldade de coordenação;

  • Alterações cognitivas, como perda de memória e dificuldade de planejamento;

  • Sintomas psiquiátricos, como depressão e irritabilidade.

Com o avanço da doença, os pacientes perdem progressivamente sua autonomia, o que impacta fortemente a qualidade de vida e a expectativa de vida. Até hoje, não existe um tratamento capaz de modificar o curso da doença , apenas terapias paliativas para controlar os sintomas.

O que é a terapia gênica AMT-130?


A AMT-130 é uma terapia gênica experimental desenvolvida pela uniQure que utiliza um vetor viral adenoassociado (AAV5) como sistema de entrega.


🔹 Esse vetor carrega um micro-RNA artificial, projetado para reduzir a produção da huntingtina mutada.

🔹 Uma vez administrado diretamente no cérebro por meio de cirurgia estereotáxica, o vetor entrega o micro-RNA às células neurais.

🔹 O RNA terapêutico “silencia” parcialmente o gene HTT, diminuindo os níveis da proteína tóxica e potencialmente retardando a progressão da doença.

Como foi feito o estudo?


O ensaio clínico de fase 1/2 incluiu pacientes adultos com diagnóstico confirmado de DH em estágio inicial. O procedimento consistiu em:

  1. Administração intracraniana do vetor AAV5 contendo o micro-RNA terapêutico.

  2. Monitoramento clínico e por biomarcadores de neuroimagem.

  3. Comparação da progressão dos sintomas entre os pacientes tratados e um grupo controle.


Resultados preliminares


  • O tratamento foi bem tolerado, sem eventos adversos graves inesperados.

  • Houve redução da progressão clínica da doença, medida por escalas motoras e cognitivas.

  • Biomarcadores de neuroimagem sugeriram melhora em parâmetros associados à neurodegeneração.

Qual a importância desse estudo?


Este é o primeiro estudo clínico em humanos a mostrar que uma terapia gênica pode retardar a progressão da Doença de Huntington.


🌍 Impacto global: oferece esperança para milhares de famílias afetadas por uma condição até hoje incurável.

🧬 Avanço científico: reforça o papel dos vetores virais AAV como ferramentas seguras e eficazes para atingir o sistema nervoso central.

Futuro da pesquisa: abre caminho para estudos maiores que possam confirmar eficácia e levar à primeira aprovação regulatória de uma terapia gênica para Huntington.



Terapia gênica AMT-130 mostra potencial contra a Doença de Huntington.
Terapia gênica AMT-130 mostra potencial contra a Doença de Huntington.

 
 
 

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